terça-feira, 14 de dezembro de 2010

É só pingar que falta luz

Vamos a alguns fatos:
  1. Estamos no ano da graça de 2010;
  2. Pagamos uma conta de luz caríssima para um serviço essencial e de tecnologia avançada;
  3. Moramos em uma capital, das grandes;
  4. Formamos excelentes engenheiros eletricistas em universidades também muito boas;
  5. Estamos na era da Internet, e um dos insumos necessários para que ela funcione é a eletricidade;
Apesar disto, basta a chuva se anunciar, e temos piques de luz e falta de energia. Não é preciso argumentar mais nada. A concessionária (única) de nosso município alega que a queda é para proteger a malha elétrica, o sistema. Pelo amor de Deus. O problema não é novo, a tecnologia está aí, e eles tiveram muito tempo para prever tais coisas. Já tinha que existir sistemas alternativos e de proteção para evitar tais coisas.

Por que não temos mais subestações ? Custa caro ? E o custo econômico para as empresas, principalmente as de crédito, lojas, indústria ? Falta é competência. Os gestores destas companhias são meros apadrinhados políticos, com a cabeça chjeia de teorias sobre terceirização e subemprego. Por isto a coisa não anda.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Retornamos - Uma chuva faz a diferença

Faz mais de 15 anos que não havia um alagamento na Cristiano Machado. Uma conjunção de fatores provocou o caos na região do São Gabriel e Primeiro de Maio. Mas a população não tem inocência reconhecida. Jogam lixo, roupas e até sofá no córrego do Onça. E não é ignorância consequência de falta de se falar em televisão e ter notícia de que estas ações são deletérias. É preguiça e uma revolta contra o estado. E a revolta é novamente infundada, pois o programa de benefícios e assistencialismo de nosso governo federal é de calibre grosso: Bolsa de A a Z, vale de A a Z.

A revolta é escárnio, é deboche. Estamos na era do besteirol, da avacalhação dos valores humanos. Indivíduo ri de indivíduo caindo do cavalo, caindo na lama, levando bolada na cara, levando cassetada. Geração fruto de uma mídia maldita virada para o povo e que goza o próprio povo.

O estado faz bastante. A Linha Verde, que por ali passa, foi uma grande obra, que veio desde os empregos gerados até preparar o trecho favorecido para um trânsito de século XXI. Se quem foi prejudicado não obedeceu os avisos para não construir em volta, desafiou o alerta, o aviso e a força da água, e talvez ao próprio Deus que estabeleceu chuvas periódicas para molhar os pastos e reestabelecer os níveis saudáveis de umidade.

sábado, 14 de agosto de 2010

Auto-escolas em grandes avenidas

Chegamos à uma situação crítica de tolerância aos motoristas ineficientes. Sabemos os horários críticos de movimento de carros: hora escolar matutina, de início de expediente em firmas públicas e no comércio. Depois vem as dez horas da manhã. Em seguida a hora do almoço e novo pico escolar. As coisas se acalmam às 14 horas da tarde, mas às 16 horas o trânsito fica agitado, com gente correndo atrás do prejuízo, para se tornar crítico às 18 horas, mantendo-se neste transe até quase 8 horas da noite.

E em meio a isto, somos obrigados a suportar veículos de auto-escola andando a 40 quilômetros por hora, com uma esteira de carros atrás de si. Eles precisam aprender em condições reais ? Então que andem a 60 quilômetros, e não sejam impedidos de utilizar todas as marchas.

Grandes centros são grandes centros, a produção e os serviços tem que andar a contento, e não se tornar laboratório de experiências de trânsito.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Carro velho e caos

Nos anos 2005-2010 somos brindados com modernas vias de transporte terrestre. Desapropriações limpam o terreno e alargam nossas artérias de transporte viário, com túneis, trincheiras e viadutos. São três pistas, quatro pistas, onde se pode andar a 80 e 110 km por hora. Mas lá na frente, tudo pára ! Por que ?

Porque um irresponsável, comprou um carro velho (Del Rey, Santana, Corcel II, Variant) a R$ 3000,00 e achou que era só colocar gasolina e sair andando por aí. Vai ver nem pagou o IPVA, seguro, etc. E sai na rua. E nós, que pagamos prestações de carros novos, porque marca de carro boa é "carro novo", temos que ficar pedindo licença para entrar na outra faixa e sair fora do irresponsável.

A tendência do ser humano é a emulação, ou seja, imitar o modo de vida dos indivíduos que estão à sua volta. Se o vizinho ou conhecido tem carro, ele também quer ter, se o outro é empresário, ele também quer ser. Ele pode até pensar em ter e em ser, mas precisa meditar para ver se realmente precisa daquilo que deseja.

domingo, 14 de março de 2010

Alphaville: o novo pombal humano

Numa tentativa igual à de São Paulo, tentou-se lançar um condomínio de altíssimo luxo em BH. Durante uns 10 anos ele conseguiu sobreviver como um condomínio elitizado. Mas com a pressão dos custos de manutenção, era preciso fazer as tão temidas "parcerias", e o resultado é a construção, pelo grupo Inpar, de verdadeiros conjuntos residenciais nas reservas da Serra da Moeda, tirando o aspecto bucólico de que o lugar gozava.

Visitem a região, e vejam o pecado cometido contra uma das belezas que tínhamos à beira da rodovia 356.

Pode-se ver ali algumas espécies animais vivendo tranquilamente, como as capivaras, e que com o crescimento predatório de empreendimentos serão obrigadas a recuar mais para dentro da mata.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Mais uma greve de ônibus

Todo ano a mesma coisa. Motoristas e trocadores, confinados em seu local de trabalho, sem banheiro, sujeitos aos assaltos, lidando com público, em meio à poluição atmosférica, sob sol escaldante ou frio enregelante.

Além disto, os motoristas tem que manobrar estes enormes mastodontes em ruas estreitas, morros belorizontinos ou ficar presos nos cruzamentos. E esta situação porque 5 % dos proprietários de concessões de transporte público do município controlam por volta de 90 % das linhas, fazendo tráfico de influência e impedindo a continuação do projeto do metrô.

Mas a consequência primeira vai logo aparecer. As firmas de logística já sentem a falta de motoristas de carreta que queiram trabalhar como funcionários, e em breve os motoristas de ônibus tentarão exercer sua atividade de forma autônoma, se livrando da exploração dos concessionários, que cobram deles as peças danificadas dos veículos.

Malditos sejam os exploradores da classe dos motoristas de coletivos.

O serviço para os passageiros é, senão questionável, inócuo, ineficiente, caro e sujeitando-os a risco. Gado, não passa disto a massa que utiliza os coletivos, para os exploradores deste serviço.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Volta às aulas

Desculpas esfarrapadas para o trânsito ruim no entorno das escolas:

São muitos carros;
As ruas e avenidas não comportam o volume de carros;

Isto é apenas um disfarce para a cegueira frente à verdade:

Filas duplas com omissão da BHTrans. Se a intenção deste órgão é arrecadar, porque os fiscais não vão para a frente destas escolas ? Seria porque estas, que tem alunos que podem ir de automóvel, são um tabu para a BHTrans, que não quer dar multas para motoristas que tem contatos com as altas esferas políticas para terem suas multas anuladas ?

Em escola de pobre, aluno chega a pé, portanto este problema é bem menor ou não existe.

E complementando a informação, leiam o próximo "post" sobre dondocas e distraídos ao volante.

domingo, 24 de janeiro de 2010

É mais fácil avisar do que fazer

Como um cidadão que precisa se locomover pela cidade, passo por ruas em que existe um aviso interessante:

"Em dias de chuva, vire à direita. Região propensa a alagamento sob chuva forte."

Este é, mais ou menos, o aviso que a Prefeitura de Belo Horizonte vem colocando nas ruas que se transformam em "bacias de água" quando chove forte. Como engenheiro formado, acho isto um disparate. Nestes locais cabe uma correção da topografia ou estabelecimento de escoadouros e canaletas para retirar o excesso de água. Mas é mais fácil e cômodo colocar estas placas, pois não interessa aos empreiteiros fazer obras em ruas de circulação intensa, em meio ao comércio e ao movimento. Empreiteiro quer obra grande, e como nossos gestores municipais, estaduais e federais comungam dos privilégios que esta casta pode lhes dar, o caminho tomado é o da preferência daqueles.

Mas com a colocação das placas, alguma firma que as confecciona também ganha, e a comissão também existe. Menos dinheiro gasto, economia porca, e o motorista que desvie, se desejar não ter prejuízos. E a prefeitura se safa de possíveis ações judiciais cobrando a sua responsabilidade.

Avisar custa menos do que fazer o certo.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Linha Verde - Eu quero é andar

Fizeram a tal da Linha Verde ou Linha Aécio, pois que ela e o Centro Administrativo são mais uns devaneios de alguém que acredita ser o novo JK, e que BH é Brasília. O resultado é prático, a intenção é marketing pessoal e eleitoreiro. Bem, são 10 pistas. Então ocorre de voltarmos de algum lugar e ter que passar por esta Linha. Mas só duas pistas estão liberadas. Um dia quente (ontem, 9/1/2010), e três pistas impedidas, porque o piso estava precisando de reparos, já agora, depois de pouquíssimo tempo de uso.
Perdemos 30 minutos em 2 km apenas, pela falta de planejamento, pelo conluio política/empreiteiras. Depois eles cobram IPVA (absurdo imposto de propriedade) e não conseguimos aproveitar as vias rápidas, porque um dia é conserto disto, no outro é instalação de alguma coisa, no outro é blitz, depois é um acidente. Cada dia é uma desculpa.
Queremos as vias livres, e se houver necessidade de manutenção, que o façam a noite. Pagamos impostos altíssimos.