quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Eleições 2016 - João Leite versus Alexandre Kalil

A eleição municipal 2016 parece o efeito "dejavu". Temos a sensação que já vimos isto antes.

O Pagador de Impostos

Vamos jogar pedra na vidraça do eleitor, que se acha tão certo, tão justo, tão honrado, e não tem nenhuma memória, as vezes até perdendo o amor próprio.

Depois do crédito amplo dado pelo governo de Lula e Dilma Roussef, os oficiais de justiça estão tendo muito trabalho, atrás dos devedores produzidos pela farra do dinheiro fácil, para fomentar o consumo. Os veículos comprados em meio ao "milagre econômico" do Governo para Todos agora são alvo de apreensões. Lojas de carros usados agora fecham as portas, pelo motivo confessado pelos seus donos: FALTA DE CRÉDITO. O consumidor não tem dinheiro nem para comprar carro usado.

Um dado dramático:

"Proprietários de veículos ainda em pagamento estão estacionando seus veículos fora das garagens, em ruas afastadas, para não terem os carros apreendidos".

Isto mesmo. Eles dão desculpas esfarrapadas, como:

"Meu cunhado está viajando com o meu carro";
"Emprestei o carro para o meu filho que está estudando em outra cidade";

Esta é a triste realidade.

Mas o que isto tem a ver com o contexto ?

Ora, o eleitor, que veio do seio da sociedade que paga impostos, deve IPTU, IPVA, ISSQN, o agiota, o cheque especial, o cartão de crédito. E por que este cidadão deve ?

DEVE porque VIVE

É simples. Algumas vezes, o chefe de família tem que decidir entre pagar os impostos e colocar dinheiro em casa, pois os filhos estudam, a esposa quer viajar, um eletrodoméstico estraga, um filho fica doente e precisa de remédios. Com todas estas despesas, a maior parte das famílias deve pelo menos um imposto.

O Eleitor Arrogante

Então, este eleitor, "Pagador de Impostos" ouve no rádio, ou vê na TV, que um dos candidatos, empresário, deve impostos. Isto é óbvio. Principalmente em um país cujo trato dos tributos admite algo chamado de "Perdão Fiscal".

Leiam esta matéria: Governo anuncia novo perdão fiscal

Vamos reproduzir aqui os parágrafos iniciais, caso retirem a matéria do ar:

Até ao próximo dia 20 de Dezembro as empresas e famílias que tenham dívidas ao Fisco e à Segurança Social poderão avançar com um pagamento integral das mesmas obtendo, dessa forma, um perdão dos juros e custas associadas, anunciou esta quinta-feira, 6 de Outubro, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais na conferência de imprensa do final da reunião de Conselho de Ministros.

Fernando Rocha Andrade explicou ainda que, em alternativa, os contribuintes com dívidas ao Fisco ou à Previdência podem optar por pedir um plano de pagamento em prestações, até 150 prestações mensais e igualmente com uma redução de juros. Neste caso, a redução será tanto maior quanto menor for o número de prestações.

Vocês acham isto imoral ? Então abram um comércio, ou conversem com donos de restaurantes, padarias, relojoarias, drogarias, etc. Todos não conseguem pagar integralmente os seus impostos.

Vamos ver os antecedentes destes eleitores, que julgam os candidatos, Em quem votaram ? Votaram nos políticos que tomaram conta do caixa do Brasil e de suas estatais. O ELEITOR BRASILEIRO AINDA NÃO APRENDEU A VOTAR.

Fantoches de Aécio

É fato notório que o PSDB, abrigo de Aécio Neves, político cujo único objetivo é chegar à Presidência, ou pelo menos bem perto dela. O eleitor está cansado de saber disto, e mesmo assim se dispõe a votar em João Leite, pois é mais simpático, fala mais mole, é bom moço. Não deve impostos (pelo menos até onde sabemos), não tem empreiteira, nem nada que o desabone.

Este tipo de inocente útil é bem apropriado aos intuitos e aspirações de Aécio e do PSDB.

Pasma às pessoas que vem acompanhando a política nos tempos de Impeachment que ainda existam pessoas com motivação para votar em pessoas manipuladas por Aécio Neves.

O transporte público

Belo Horizonte é a terceira capital do Brasil, superada ano sim, ano não, por Salvador. E uma capital deste porte, do Estado que forneceu as riquezas minerais que financiaram o crescimento do país, NÃO TEM O METRÔ, algo BÁSICO.

Mas o que tem isto a ver com o nosso caso ? O político/empresário que detém o controle das linhas de ônibus, direta ou indiretamente, é o Sr. Clésio Andrade. Ele é o presidente da Confederação Nacional dos Transportes, denunciado por ser o controlador-mor da máfia dos transportes. Já foi sócio na SMP&B de quem ? Marcos Valério ! Precisa falar mais ?

A entrada de João Leite na prefeitura de Belo Horizonte será a garantia indubitável de que os transportes da cidade continuarão nas mãos deste senhor.

A CPI carcerária

João Leite é o protagonista da CPI carcerária de 1994, descrita no artigo que consta do link abaixo, que recomendou a punição de policiais, provocou uma aversão dos delegados à inquirir presos, instituiu o fundo penitenciário, e outras vantagens para os presidiários. Daí em diante, os presos começaram a ser tratados com regalias. Meliantes começaram a repetir o seu mantra aos policiais: "você não pode fazer isto ou aquilo comigo".

Artigo da Assembléia sobre a CPI carcerária

Relatório final da CPI carcerária

O fundo penitenciário significa mais ou menos o seguinte:

O PAÍS PODE ESTAR EM CRISE, MAS NÃO FALTARÃO 4 REFEIÇÕES, 2 UNIFORMES, COLCHONETE GROSSO PARA O PRESO DORMIR, progressão de pena, e outros privilégios para aqueles que sequestraram, mataram, roubaram e estupraram.

E agora temos esta situação, em que nossos filhos são assaltados a torto e a direito, pois a impunidade foi fomentada por esta desastrosa CPI.

E por que este homem fez isto ? Por demagogia, para se manter em cargo público. Agarra-se uma causa popular, para ser simpático, para angariar votos.

Conclusão

O eleitor colocou corruptos no poder, e agora quer medir aqueles que elegeu com uma vara podre, fruto de sua justiça pessoal.








terça-feira, 6 de setembro de 2016

Os candidatos a Prefeito para a Eleição 2016

Pobres de nós, mineiros. Pobres de nós Belo Horizontinos.

Minas, antes próspera, agora amarga este estado de roça, tendo que ver Rio de Janeiro e São Paulo se desenvolverem, criarem vários pólos de desenvolvimento, enquanto Minas vai perdendo as fábricas de expressão, que poderiam movimentar nossa economia.

Belo Horizonte, capital, cidade concebida para ser planejada, não tem nem o metrô, algo absolutamente básico. E como se isto não bastasse, os candidatos são pura expressão da mediocridade:

Délio Malheiros - O paladino do PROCON. Como vice-prefeito não colaborou um milímetro que fosse para empurrar o lento Márcio Lacerda. Só de ser protegido deste último, não serve como candidato;

Eros Biondini - Tem carreira política, mas não fez projetos de expressão que pudessem corroborar sua aspiração a um cargo executivo. Podem conferir na Internet, e no site da Câmara Federal;

João Leite - Ex-goleiro do Clube Atlético Mineiro. Infelizmente é conhecido por defender os direitos dos presos. É do PSDB, coisa que o brasileiro está execrando ultimamente. O Datafolha lhe dá a liderança, com 26 %, porém já foi demonstrado que as pesquisas são feitas para induzir o eleitor;

Vanessa Portugal - Filha de Paulo Portugal, o leiloeiro de sucesso, raposa da política, já se candidatou 3 vezes à prefeita. Inexpressiva. Levantamentos apontam um enriquecimento no mínimo contraditório nos últimos 4 anos;

Luis Tibé - Um mandato de vereador e dois de Deputado Federal. Nenhum projeto que lhe valha sequer um posto de síndico de condomínio. Podem conferir no site da Câmara Federal;

Alexandre Kalil - Empresário, sem vínculos políticos. Tido como "doido". Uma surpresa como segundo lugar nestas pesquisas tendenciosas;

Sargento Rodrigues - Se vale de sua fama na famosa greve dos policiais em 1997. Nenhum projeto de monta que o corrobore como candidato. Podem conferir no site da ALMG;

Reginaldo Lopes - Propôs muitos projetos e emendas. No entanto, será mais uma vítima da onda de descrédito que cobriu o PT. Podem conferir no site da Câmara Federal;

Conclusão

Como sempre estamos entre politiqueiros e outros em cujo voto estará implícita uma aposta no escuro. Infelizmente, o currículo de político só torna o candidato menos digno de crédito. As eleições deste ano serão como uma aposta.

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Árvore cai no Santo Antônio - 16/08/2016

Com a chegada de uma frente fria, a Região Sul de Belo Horizonte foi atingida por ventos fortes nesta madrugada.

Como o cuidado da Prefeitura seja com a Administração Pública, seja com as árvores que já estão velhas, e sobre as quais já foram dados repetidos avisos, é quase nulo, mais um evento grave aconteceu.

Mas o problema não é apenas da árvore cair, e sim de sua copa arrastar os fios da rede elétrica consigo, causando a falta de energia,

Esta árvore caiu na altura do número 453 da rua Mar de Espanha, em frente à COPASA:


E vejam o que aconteceu ao poste de luz:


domingo, 14 de agosto de 2016

Casas Antigas XXXV - Rua Salinas - Bairro Floresta

Esta é uma casa bem simples, da época da formação do bairro Floresta (anos 1920/1930 - abrigou os primeiros operários que construíram BH):




Casas Antigas XXXIV - Rua Buarque de Macedo - Bairro Floresta

A rua Buarque de Macedo tem um percurso mm "L" entre as ruas Salinas e Jacuí, no bairro Floresta, formando uma espécie de vila muito simpática:


Exposição no Shopping Boulevard Arrudas

A Exposição "Estrada Real - Imagens e Poesia" está no Boulevard Arrudas.

De 2 a 14 de agosto, o público poderá ver belas fotos bem mineiras, com o linguajar das montanhas e edificações típicas da época colonial. Os trabalhos foram selecionados a partir de um concurso de fotos, vídeos e poemas. Os painéis possuem fotos e TVs para a mostra dos vídeos.


Estrada Real

A Estrada Real é uma via de dupla origem convergente para os centros produtores de riquezas minerais prioritárias para a Coroa Portuguesa, no período da colonização, em meados do século 17.

As origens desta estrada são as cidade de Parati e Rio de Janeiro, ambas no estado do Rio de Janeiro, passando pelos importantes polos produtores de Ouro (Ouro Preto) e Diamantina (Diamante). Estas riquezas eram enviadas dos centros produtores até o porto do Rio de Janeiro.

Onde fica ?

O Boulevard Arrudas fica na avenida dos Andradas, bairro Santa Efígênia, entre as estações do metrô de Santa Teresa e Santa Efigênia:




sexta-feira, 12 de agosto de 2016

UBER fica congestionado em Belo Horizonte

O UBER chegou a Belo Horizonte como uma promessa de serviço bem melhor, preço mais acessível e organização. Mas fatores de uma metrópole podem colocar tal promessa à prova.

Olimpíada

Belo Horizonte recebeu algumas competições da Olimpíada 2016. Corridas de locais chave, como o Aeroporto de Confins, estão sob domínio dos taxistas, afinal a placa de parada no Aeroporto vem escrita "TAXI", e não "transporte em carro de passeio".

Mas no restante da cidade, além dos usuários normais, os turistas estão usando o Uber de forma intensa.

Preço maior

Nos últimos dias o Uber precisou acionar os multiplicadores de preço (1.3 e 1.4, chegando a 1.6 nas sextas à noite). Isto para incentivar que mais motoristas fossem para a rua, ou andassem mais para pegar os passageiros nas área de "buraco negro" de carros.

Cabify

Pois bem, o Cabify promete chegar a 6 estados na primeira etapa de sua implantação, com preço apenas por quilômetro. A concorrência será acirrada. São eles: São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Goiânia, Porto Alegre e Rio de Janeiro.

Conclusão

Cidades como BH, capital, com cerca de 3 milhões de habitantes, sem um metrô decente, com trãnsito caótico, precisam de alternativas. Vem aí os suplementares elétricos. As decisões de mobilidade ficaram estagnadas na mesa de um prefeito incompetente copmo Márcio Lacerda durante 8 anos.

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Eleições 2016 para Prefeitos e Vereadores - Legado de Márcio Lacerda

Pobres e desafortunados somos nós, os belorizontinos. Foram 8 anos de uma atuação absolutamente preguiçosa, sem novidades e até com retrocessos, deste que se chama Márcio Lacerda.

Empresário

Você não se surpreenderia em saber que Márcio Lacerda é empresário ?

Estamos em uma época em que se fala demais em empreendedorismo, para fazer o país crescer e desenvolver uma economia interna que haja como verdadeiro escudo contra crises. Então surge este indivíduo. trazido pelo não menos anacrônico e também preguiçosos Aécio Neves, para assumir a prefeitura de uma das capitais mais importantes do Brasil, e não acrescentar à esta absolutamente nada.

Alguém dira: "mas ele fez as UMEIs".

As UMEIs

As UMEIs não são nada além de creches para meninos de 4 a 5 anos. Se alguém diz que isto é investir em educação, está totalmente enganado. Abram os olhos e vejam que esta foi uma estratégia para abrir um leque de obras para os empreiteiros. É tudo de primeira, mas não acrescenta nada ao que entendemos por educação.

Mas político não dá ponto sem nó. Os governantes estão sendo pressionados pelo Ministério Público. Nos últimos anos o sistema de UMEIs teve que absorver as crianças cujos pais entraram na justiça para que a Prefeitura arranjasse lugar em creches. Este prefeito matou dois coelhos com uma machadada só.

Mas se as crianças ficaram protegidas, seus pais ficaram à mingua, sem poder utilizar um transporte de qualidade, pois o Metrô não decola de jeito nenhum. Márcio Lacerda não teve a capacidade, e foi vencido por sua preguiça, sem conseguir expandir o metrô de superfície. E fazer o subterrâneo, para ele, é tarefa impossível (não diremos "quase", pois ele já provou que é um administrador incapaz).

O metrô

O Metrô de superfície de BH é uma vergonha a céu aberto. Ignorando que mobilidade é tão importante como saúde em grandes cidades, este arremedo de prefeito deixa faltar verba de custeio, e a CBTU fica sem dinheiro para pagar o óleo diesel e a energia elétrica, além de funcionários para a venda de bilhetes.

O metrô de BH é um fiasco, um desastre, uma ignomínia. E foram 8 anos, com a verba federal na porta de Márcio Lacerda, e ele não fez nada. E isto não é culpa dos cortes atuais, pois só atingem o ano de 2016. Por que nada foi feito nos 7 anos anteriores ?

No segundo semestre do ano passado, foram investidos pouco mais de R$ 170 milhões em novos vagões para o Metrô. Mas devemos nos lembrar que o último investimento foi feito em 2001. Foram 14 anos sem investimentos. Descaso e falta de visão

Candidatos

E agora este "boneco político" vem querer impor candidato de sua indicação para os belorizontinos votarem. Tenham a santa paciência. Nosso "boneco" quis colocar Paulo Brant (PSDB) como candidato. Mas acabou tendo que declinar da iniciativa, pois foi descoberto que Paulo Brant cometeu irregularidades a que se pode imputar a classificação de má Gestão.

Temos também João Leite como candidato à Prefeitura (PSDB), no entanto, apesar de bom candidato, "ficha limpa", o povo não esquece a luta dele pela garantia de "direitos" para condenados pela justiça. A rejeição a ele é muito grande, mas ele vai tentar, pois o PSDB é uma legenda expressiva e tem que ter candidato próprio.

Recomendações ao Eleitor

O eleitor belorizontino deve ir atrás de um candidato que:

  1. Não seja indicado pelo atual prefeito;
  2. Não tenha cometido irregularidades (ficha suja) nem no âmbito municipal, nem estadual e nem federal;
  3. Não pertença ao PSOL, PT, PCdoB, pois estes partidos precisam rever seus programas e posturas;
  4. Não seja radialista nem em posição nas mídias como "gurus";
  5. Tenha carreira na Administração ou no Direito. Políticos quando pressionados, e não tem esta formação respondem com absurdos como: "não sou da área do direito" e então postulam teses jurídicas estapafúrdias;
  6. Se já político, tenha sido atuante na proposição de projetos que não sejam quimeras;
  7. Não seja padre nem pastor;

Conclusão

Cuidado para não eleger outro prefeito hesitante, debochado, preguiçoso e sem visão como Márcio Lacerda


terça-feira, 2 de agosto de 2016

Uber versus taxi

O tempo passa, e tudo se transforma. Os taxistas, poucos até para uma cidade de cerca de 3 milhões de pessoas, achavam que iam deter o monopólio do transporte individual de passageiros. O tempo passou, e isto mudou.

Concessão municipal

Os taxistas são regulados por um Contrato de Concessão de Licença para transporte de passageiros, autorizado por Licitação. Neste ponto, há anos, vem ocorrendo um "tráfico" das licenças, pagas a peso de ouro.

Outra irregularidade é o "direito hereditário", ou seja, morrendo o titular, a licença pode ir para o herdeiro. Pode ser legalizado, mas não é compatível com algo que se chama concessão.

Existe também um fator psicológico ligado ao taxi. Os detentores da licença acham que o carro e o serviço são deles. Vamos supor que você esteja saindo de uma escola, com o seu filho, depois das 18:00, e dê sinal a um taxi VAZIO. O motorista desce o vidro e pergunta: "vai para onde" ? Você diz o seu destino, e recebe a resposta "eu vou para outra direção, estou largando serviço", e ele vai embora, te deixando na mão, com seu filho com fome, com mochila na mão, com o trânsito ruim, e com alta probabilidade de receber outras respostas do gênero. Isto ocorre porque não existe um controle sobre os taxistas.

Vejam bem, isto está de acordo com um serviço de transporte público, regido por princípios de concessão ? Eles estão na rua para servir à população com sua justa remuneração, ou estão ali só para ganhar o sustento ? Se você já conversou com estes motoristas de taxi, por mais de 10 anos (é o nosso caso), já deve ter notado o individualismo exacerbado que domina a mente destes indivíduos.

Herança

A Concessão é um contrato entre o Poder Concedente e o Concessionário. Contrato é um instrumento legal, e no caso da Concessão o Governo está cedendo a responsabilidade pelo serviço (não pela sua regulação) a uma empresa ou pessoa. As licenças de Taxi (placas) podem passar para a primeira geração daquele que a possui. Isto é um absurdo. Isto é colonial. A licença de concessão não pode ter caráter de herança. Isto não é um bem da pessoa, e sim do Poder Concedente.

Chuva

Já pediu Taxi durante a chuva ? Os motoristas alegam que o trânsito fica difícil. No entanto, após mais de 10 anos pegando taxi, sabemos que a maior parte deles vai para casa, ou estaciona em algum lugar, e tira a "televisão" (por isto os taxis vem sendo logotipados nas laterais), para não ter o carro batido ou arranhado. Este não é um comportamento de uma pessoa que tem a consciência de que está prestando um serviço público.

Os pobres passageiros ficam na rua, sem transporte.

Educação

Nos termos da licitação só está implícita "uma boa prestação de serviços de transporte". Isto é muito subjetivo. Na mente da maior parte dos taxistas isto apenas se traduz em "eu tenho obrigação de levar o passageiro ao seu destino". É raro um motorista de taxi dar um "bom dia", "boa tarde" ou "boa noite". Você entra no carro e ele continua olhando na direção do para-brisa. Um "quer passar por onde" é ainda mais raro. Alguns acabam brigando com o passageiro, pois este diz que quer passar por um determinado lugar, mas o motorista passa por outro.

Alguns recebem o passageiro com o rádio ligado em programas aborrecidos, músicas do gosto deles, e não perguntam ao passageiro se quer que o aparelho seja desligado, ou que a estação seja mudada. E alguns nem abaixam o som do rádio. Este problema é notoriamente conhecido como problema de educação.

Antes do Uber, e mesmo depois, os motoristas de taxi nunca pensaram em oferecer água ou café ou uma bala que fosse aos passageiros. E olha que o serviço de taxi é antigo na capital (desde os fusquinhas amarelos). Mas isto se explica pela origem da escolha da ocupação (não chamaremos de profissão). Se a pessoa sabe dirigir (e são muitos, pois aos 18 anos todo mundo quer tirar a carteira de motorista) e tem a carteira, e não acha um emprego, ser taxista é uma boa opção.

Estratégias deletérias

O fato destes taxistas deterem o monopólio do transporte individual fez com que descambassem para uma forma "leve" de corrupção.

Você chama o Taxi por aplicativo de Taxi (não o Uber), e um Taxista é selecionado. No entanto, no meio do caminho ele vê um passageiro. Ele pára e pergunta para onde o passageiro vai. Se a corrida compensar, ele cancela a sua, te deixa na mão, e pega a outra. E eles mesmos dizem que na praça existem os honestos e desonestos. E por quê ? Porque não existe controle sobre os taxistas. Só agora, com muito custo, está se conseguindo colocar o controle biométrico para os motoristas.

O Troco

As transações entre Taxistas e passageiros são feitas em dinheiro. Ora, os caixas eletrônicos só estão fornecendo notas "grandes" (20 e 50). O passageiro sai de manhã com estas notas. Ao fim da corrida o Taxista, que já deveria ter o conhecimento do hábito dos passageiros lhe diz: "é minha primeira corrida, não tenho troco". E aí ? O passageiro faz o que ?

Se o Taxista se considera um profissional, que recebeu uma concessão municipal, ele deveria ter consciência e proatividade. Ele tem que sair pela manhã, para a sua primeira corrida, com troco. Mas o individualismo e o monopólio do transporte de passageiros já lhes subiu a cabeça a muito tempo.

Somente agora eles estão começando a se equipar com a máquina de cartão de crédito.

Profissão ?

Mas ter uma licença de Taxi é profissão. Uma vez tivemos oportunidade de conversar com um motorista de taxi que tinha uma visão esclarecida do assunto. Ele disse "motorista de taxi não é profissão". Perguntamos o porquê da afirmação, e ele explicou que "Taxi é uma ocupação para algum tempo, até que você arranje um emprego". É isto mesmo. Por ser extremamente desgastante, pois a pessoa trabalha exposta a um trânsito desumano, e a problemas de segurança (assaltos, brigas), ela deve ficar o mínimo de tempo possível nesta OCUPAÇÃO.

Os motoristas de Taxi tem que perceber que o Taxi deve ser OCUPAÇÃO e também reconhecer que tem que ser TEMPORÁRIA. Eles devem tentar fazer um curso, e nunca aposentar como Taxistas.

Aposentados

Existem motoristas que se aposentaram nesta Ocupação de Taxistas, ou em outras profissões, e vão dirigir um Taxi. A maior parte fica ainda pior no requisito Educação, andam muito devagar, e provocam discussões com os passageiros, pois já se consolidaram em uma postura muito sistemática, e não admitem opiniões quanto ao percurso, ficam dando recomendações de como bater a porta, não sujar o banco, e outras ignomínias.

O Uber

Então surge um serviço de transporte, regulado por aplicativo, com recibo, com punição para quem "pisar na bola", com carros limpos, motoristas educados, cobrança por cartão, com tudo registrado em banco de dados.

Vejam bem, após a corrida você recebe um email com o mapa de seu percurso, com estatísticas e com o valor da corrida. Você pode avaliar os motoristas.  Este é o mundo que os passageiros órfãos de um serviço anacrônico de taxi queriam. No caso do Taxi, o próximo passageiro que pega um motorista grosso não sabe disso, e sofre por uma avaliação que simplesmente não existe.

Se você fosse mal tratado em um Taxi, teria que anotar a placa, e ligar para a BHTrans para reclamar. Mas não havia provas. Com o Uber tudo fica registrado.

Brigas na Rua

Não é de se estranhar, pelo que foi exposto, levando-se em conta o temperamento dos Taxistas, o vandalismo que eles estão perpetrando nas nossas ruas, agredindo motoristas do Uber e depredando seus veículos. Eles são assim mesmo. Não querem perder o monopólio.

Conclusão

Qualquer serviço precisa de concorrência. O "Taxismo" precisa ser descaracterizado como profissão, e substituído totalmente pela modalidade trazida pelos aplicativos. Chega de grosseria, falta de educação, golpes dos Taxistas sobre os passageiros e desta atmosfera de impunidade em torno dos Taxis.

domingo, 24 de julho de 2016

Igreja São José reformada

A Igreja São José fica exatamente no centro da cidade de Belo Horizonte, na Praça Sete.

Recentemente ela foi reformada em algo que lembra o estilo Bizantino, ou seja, aquele original.



Frente da Igreja


Quadro à direita da entrada


Quadro à esquerda da entrada


Nave da Igreja

Teto anterior à Nave

Jardins da Igreja

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Vigias podem ser agenciadores e facilitadores de roubos

É frequente ver nas ruas de Belo Horizonte, e outras capitais, guaritas para abrigo de vigias particulares. Este é um cenário característico de metrópoles super povoadas e que abrigam a tão comum violência.

Não é nosso objetivo estudar a violência, em seus efeitos e origens. Vamos apenas abordar um de seus aspectos: os agenciadores e facilitadores do roubo, que é uma forma de violência indireta sobre o cidadão.

As empresas de vigilância e seus vigias


Existe um nível visível de profissionalismo que pode ser visto em algumas empresas de segurança, que aplicam a tecnologia à sua atividade e aplicam protocolos visíveis e eficientes às suas atividades. E existem outras que dão um ar de profissionalismo duvidoso à sua ação, perceptível na falta de preparo e de compromisso de seus empregados. Isto pode ser constatado com uma simples conversa com estes cidadãos que se abrogam vigias profissionais, mas que tem interesses inconfessáveis nesta profissão.

A filosofia perceptível dos maus profissionais de vigilância é a sua ação seletiva. A casa protegida e os seus carros, pagantes da vigilância prestada, são olhados com afinco. Mas se houver outros carros próximos ou casas de não pagantes, eles fazem vista grossa aos meliantes que os cobiçam.

Mas ai vem o pior. Eles dão a dica:

"Essa e aquela vocês não mexem não, mas aquela outra e mais a outra, eu não olho, e nem estou vendo"

E a isto podem ser acrescentadas informações, como quantos moram e em que horários estão ausentes. E em último nível, ganham até um dinheiro para se afastarem durante a ação dos ladrões. Então, eles podem trabalhar com a segurança da "autoridade" que toma conta da rua.

Os sinais visíveis

Uma vez investigados, alguns vigias serão descobertos como estando em uma situação econômica incompatível com uma profissão que se nivela a de um porteiro de edifício residencial. Muitos tem imóveis comerciais alugados, viajam todo ano para locais onde não se esperaria que pudessem ir, e podem dar carros para os filhos, tudo isto sem ter tido nenhuma herança significativa.

Um outro sinal é o seu desprezo pela polícia, em expressões como "polícia não quer saber de pegar o vagabundo; é mais fácil vir em cima do vigia; se me perguntarem alguma coisa, eu digo que não vi nada, pois se falar, eu é que vou preso".

Ou seja, bem combina este discurso com o jeito do brasileiro que tem desprezo pela autoridade e trabalha para que ela tenha o máximo de descrédito possível.

Em quem confiar

A resposta correta, mesmo com as possíveis ressalvas e exageros da imprensa, que também tem desprezo pelas autoridades é: POLÍCIA. Esta é uma instituição, e se alguém pisar na bola, você pode reclamar. Organizações quase paramilitares de segurança são portas abertas para ações mafiosas, de cobrança pela vigilância.