segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Concessões de transporte público são anacrônicas

A primeira concessão de ônibus, no Brasil, foi outorgada por D. João VI a um sargento da sua guarda, Sebastião Fábregas de Suriguê, para uma linha que fazia o percurso de ida e volta da Praça XV à Quinta da Boa Vista. Esta primeira linha era de ônibus movidos à força dos cavalos.

Em 1868, surgiram os bondes, segurando o crescimento dos ônibus. O ônibus de propulsão autônoma surgiu em 1908 no Rio, dez anos depois de ter surgido em Paris.

Em Belo Horizonte

O trolebus (ônibus elétrico) é inaugurado em 1953, pelo Prefeito Orestes Renè Gianetti, mas só em 1960 é implantado o serviço de ônibus movido a diesel. Vejam o atraso de Belo Horizonte em relação ao Rio de Janeiro.

A lei que dispõe sobre concessões de ônibus em BH é de 2008 (Lei No. 9491 de 18/01/2008), sancionada pelo Prefeito Fernando Pimentel. A Lei tem apenas 3 artigos, delegando a um órgão, chamado BHTrans, a responsabilidade pela regulamentação de subconcessões dos diversos corredores de transporte da capital Belo Horizonte.

Acontece que, ficando desta forma, a BHTrans é dona das regras, e parece que a Prefeitura está lavando as mãos em relação à esta questão. É como se a Constituição Brasileira delegasse ao STF a tarefa de regular o Poder Judiciário.

O modelo

O modelo de transporte público em Belo Horizonte é quase que totalmente baseado em ônibus grandes, que mal cabem nas faixas delimitadas nas ruas. E isto já se revelou anacrônico, pois nas curvas dos bairros, bem estreitas, os motoristas mal conseguem manobrar os "mastondontes". A coisa piora quando tem um carro estacionado a menos de 8 metros da esquina.

Nossa avenidas de bairro, cheias de curvas, não são adequadas às paradas de ônibus. Quando o ônibus para no ponto, quando não há um recuo, a avenida fica estreitada, com só uma pista para rolagem dos carros que vem atrás.

O UberBus

Há pouco tempo, o Uber quis lançar o ônibus por aplicativo. Mas o lobbie das companhias de ônibus impediu a experiência. A Prefeitura não consegue regular este serviço, que não tem nada de transparente.

Do jeito que está não pode continuar. Ninguém sabe o volume de passageiros que é transportado. O serviço é ruim, propenso a assaltos, que desobedece horários, e é caro para a baixíssima qualidade que oferece. Além disto, este esquema de garantir um mínimo de valor mensal, mesmo que as companhias não tenham transportado o número suficiente de passageiros é uma "mamata" muito grande.

Já está mais que demonstrado que é preciso deixar este transporte com a iniciativa privada.

Sugestão


Deixar o transporte público para quem tem a capacidade empresarial e possa entrar num esquema de concorrência que abaixe o preço da passagem.

Chega deste esquema predatório, que sacrifica os passageiros.  O melhor é o passageiro ter a liberdade de pegar o ônibus que esteja passando em alguma via próxima, e cuja qualidade possa ser medida por um aplicativo. Que o passageiro possa saber onde estão os ônibus mais próximos, e tenha a prerrogativa de escolher o que lhe convier.






sexta-feira, 31 de agosto de 2018

RecargaPay - Cuidado

Este é um post de UTILIDADE PÚBLICA.

Não baixem o aplicativo RecargaPay. Cada concessionário de serviço de Telefonia, Saneamento, Energia Elétrica, reserva de ingressos e congêneres possui seu aplicativo próprio de serviços, reclamações e pagamento.

Nos surpreende a loja Google Play ter permitido a divulgação deste aplicativo. Também nos assustou a quantidade de reclamações nos comentários que constam da PlayStore.

Para cada finalidade existe um aplicativo específico e notório. Por exemplo, para ingressos temos o competente Sympla, para recarga da Vivo, aplicativo Vivo, da Tim, aplicativo Tim. E isto tem razões técnicas, pois à medida em que os planos são modificados, quem mais controla a modificação é a própria empresa. E existe um agravante. Se a concessionária  te presta um serviço, ela tem responsabilidade sobre a confidenciabilidade de seus dados pessoais, principalmente o número do cartão de crédito.

Portanto, por segurança, não baixe este aplicativo.

quinta-feira, 14 de junho de 2018

Falsos motoristas da 99Pop aplicando golpes

Fruto de um país em absoluto desgoverno moral e corrupto, repleto de pessoas sem o mínimo caráter e vergonha, todas as novidades são aproveitadas como ferramentas de golpe.

O Cabify e Uber são muito criteriosos na seleção de motoristas, mas o 99Pop ainda está incipiente em matéria de segurança.

O Golpe

O golpe é aplicado da seguinte forma:
O passageiro chama o carro;
O motorista não pega o passageiro e sai andando uma certa quilometragem, como se tivesse pego o passageiro e estivesse em uma corrida;
Como o aplicativo não tem botão de abortar a corrida para o passageiro, ele nada pode fazer;

Mas qual a vantagem, não é melhor pegar o passageiro ? A vantagem é andar um pouco mais e, portanto, faturar mais. O valor é debitado do cartão do passageiro, e ele vai fazendo isto até que a 99Pop levante os dados e perceba que a reclamação procede. Antes do fim do levantamento, ele já levou um dinheiro.

Os infratores

Aqui vai uma relação, até o momento, dos golpistas. Com a colaboração dos leitores, com os fatos da corrida, como:


  • Data;
  • Hora inicial;
  • Trajeto;
  • Carro e cor;
  • Placa;
  • Nome do motorista;
  • Link para a imagem dos dados da corrida;


vamos estender a lista que se segue. Vamos conferir o trajeto e o valor cobrado,

Relação de infratores

08/06/2018
Marcelo Antonio Munhoz
Jetta Cinza
FAE-0206
Corrida que seria de R$ 7,00 ficou em R$54,10, e o mesmo não apareceu. Também não respondeu ao chat.

14/06/2018
Alexsander
Classic Cinza
ODM-7029
Não pegou o passageiro e saiu andando, faturando R$ 10,53. Também não respondeu ao chat.

20/08/2018
Isaías
Voyage Prata
PUG-0045
Não pegou o passageiro e cobrou R$ 6,50. Não respondeu às mensagens do chat.

Fique atento a estas placas. Ajude-nos a levantar os golpistas, para que ninguém pegue o carro deles.

quarta-feira, 6 de junho de 2018

Pagamento parcelado de motoristas e trocadores

Assistimos estupefactos ao parcelamento irresponsável de salários dos servidores estaduais pelo Governo de Minas. São muitas as explicações do nível mais de desculpas, mas a realidade é a de má gestão que domina o nosso país.

O nível municipal

Veio como muito conveniente a greve de caminhoneiros, para dar aos interessados (os donos de empresas concessionárias do transporte por ônibus) argumentos para reterem dinheiro em seus caixas. Como o Governo Estadual deu o mau exemplo, por que não copiá-lo em seu benefício ? Agora as empresas de ônibus querem parcelar o pagamento de motoristas e trocadores.

Má fé

Os donos de empresas de ônibus municipais já vinham tentando aumentar seus lucros, retirando os trocadores dos ônibus. Afinal, para eles, trocador não serve para nada. Na visão curta e ambiciosa destes senhores, o motorista mesmo pode muito bem fazer as duas funções: (1) dirigir em uma cidade com um trânsito caótico e (2) efetuar o pagamento e compor o troco dos passageiros, no caso de não terem o cartão BHBus.

O interesse, justificado de uma ou de outra forma é um só:

DIMINUIR PESSOAL PARA PAGAR MENOS

Se pudessem tirar o motorista, eles o fariam.

As justificativas

Ora, e o que dizem estes senhores que detem as concessõers públicas de transporte ? Dizem que durante os onze (11) dias de greve gastaram mais com combustível para abastecer seus veículos. Acontece que já existe precedente para um desconto nos impostos para o dieesel do transporte público, obtido pelo governador Beto Richa do Paraná. Quem quer fazer sempre arranja um jeito, até utilizando a própria lei.

Em segundo lugar, vocês acham que os concessionários só compram o combustível bastante para os tanques dos veículos ? É claro que eles compram em maior quantidade e armazenam em seus próprios reservatórios, pois eles não são trouxas, e desta forma podem obter um preço ainda melhor.

Sugestão

Sugerimos à Polícia Civil que investigue as fontes e formas de compra de combustível pelos concessionários de ônibus da Grande BH, para verificar se o preço durante a greve impactou tanto assim as "pobres empresas" que controlam o nosso transporte público Municipal.

No mês de Fevereiro foi feita uma licitação para se buscar uma empresa para executar uma auditoria nas empresas de transporte público da Cidade de Belo Horizonte. Desta forma poder-se-á saber todos os números do movimento de ônibus, seus reais custos e reais lucros, para acabar com a falácia dos donos destas empresas.