domingo, 30 de outubro de 2011

O criminoso tem voz nas rádios e na televisão

Antigamente, somente os músicos e atores, apareciam em rádio ou televisão.

O músico sofria, tocando a baixos salários, não tinha aposentadoria nem benefícios. O mesmo acontecia com os atores. Faziam cursos de teatro, e depois ainda enfrentavam a falta de estrutura das emissoras de televisão, ficando até um ou mais meses se receber. E poucos eram os programas ao vivo.

Hoje, em pouco tempo, um artista inexpressivo e sem competência é "fabricado" pela mídia. Aparece, aparece, e assim o telespectador ou ouvinte acaba achando que ele é bom, pois a mídia bombardeia o cidadão. Se ficasse nisso não tinha problema.

Para angariar audiência, as rádios populares, tendo como carro chefe a Itatiaia, e as TVs populares como Alterosa, dão aos criminosos, roubadores ou homicidas, voz imediata e ao vivo. Estes facínoras não fizeram curso de dicção, de teatro, de nada, mas os jornalistas se apressam em levar o microfone à boca destes desqualificados, em nome da audiência a todo custo.

Esta raça de foras da lei pode falar à vontade, e são tratados como estrelas:


  • Motoristas embriagados que matam ou ferem;
  • Jogadores de futebol matando ou dando vexame;
  • Empresários que roubam do governo ou de investidores;
  • Quadrilhas de assaltantes de banco;


Os jornalistas de veículos jornalísticos populares e sensacionalistas lhes dão voz imediata e direito de defesa. Indo mais além, os veículos jornalistas não dão mais fatos, mas estão se fazendo de quarto poder, dizendo o que o governo deve ou deveria fazer. Agora as notícias não precisam os nomes das ruas onde os fatos ocorreram, nem o nome das casas de comércio que foram assaltadas. O público, tem as rádios e TVs como fonte de informação, que saber onde foi, em que rua, e com quem foi.

Hoje se propagou a prática de dizer: "num bairro da região oeste". Que bairro ?

Mas os criminosos, é citado o nome, e lhes dão voz, dando a impressão que são pobres coitados, quando a única coisa que sabem dizer em mau português é:


  • "Não fui eu não.";
  • "A polícia tá é inventando que fui eu.";
  • "Eu sou inocente."


O que os jornalistas esperam que estes vagabundo digam, que são culpados?

Além disto, a imprensa protege os criminosos, ressaltando não os seus crimes, mas sim o tratamento desumano dado a estes elementos. Preocupam-se mais se o criminoso é algemado do que com o crime que cometeu.

Queremos que não se dê mais voz a estes malandros e mentirosos. A imprensa brasileira tem que se profissionalizar, e dar informações corretas. Se não quiser, que fique calada.


quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Rachaduras e risco de desabamento no bairro Buritis


Os anos 90 trouxeram uma metodologia imobiliária muito lucrativa. Construção em massa de edificações de proporções não muito pretensiosas, a título de moradia popular, com pagamento a perder de vista, ligado à renda do cidadão que queria a moradia própria, com financiamento facilitado pelo governo.

Financiamento facilitado pelo governo significa que sai dos impostos daquilo que pagamos com nossos salários e "pró-labores".

As construtoras, imbuídas do espírito de entrega ao prazo mais curto possível, e ao custo o mais baixo possível, se utilizaram dos blocos estruturais de pó de pedra e cimento, muito resistentes, e de fundações não muito elaboradas, já que optaram por praticar a altura máxima de 4 andares. Esta altura não demanda cálculos estruturais muito avançados, e os vãos foram congelados na média de 2,5 m de extensão, o que ajuda a não se precisar de esforço matemático dos calculistas.

Nos escritórios e firmas de engenharia, o mais importante passou, então, a ser prazo e custo, ambos curtos. Estas empresas passaram a se preocupar mais com softwares (programas de computador) de controle de projetos do que softwares de cálculo estrutural.

Em Belo Horizonte, o número de bons calculistas, que já dimensionaram estruturas robustas, se conta nos dedos. Existem outras categorias de técnicos que fazem o projeto, e vão aos engenheiros, para que estes assinem o projeto, prática um pouco perigosa.

Eu lembro dos meus tios fazendo os cálculos de engenharia nas antigas réguas de cálculo, e as edificações resultantes destes cálculos estão em pé até hoje, com mais de 3 andares e com vãos de mais de 5 metros. E na era da Informática, Notebook, Netbook, TV de LCD, Google Maps e iPhone, os prédios, mesmo baixos, estão caindo. Vergonha, incompetência e desonestidade. O CREA (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura) tem que frear este cenário de busca do lucro sem respeito a quem compra imóvel.

Agora somos obrigados a ver uma coisa desta acontecendo. Um prédio baixo, de desenho simples, a beira de um desabamento:


Observem as rachaduras e seus ângulos expressos nas linhas vermelhas. O início da rachadura é que evidencia seu ângulo. A rachadura considerada vertical (entre 70 e 90 graus) indica desnível de terreno. Quando as mesma são horizontais, não trazem perigo. É preciso ainda analisa a profundidade de cada uma. A superior, próxima da janela, revela afastamento visível da estrutura de tijolos. Geralmente as construções baratas, que usam o tijolo estrutural (aquele cinza com duas folgas grandes), levam o tijolo comum (vermelho) utilizado para fazer paredes, pois o último andar quase não precisa suportar peso de paredes, mas somente o peso do telhado.

O prédio foi construído pela Estrutura Engenharia, empresa oriunda de Bom Despacho.

Vejamos a rua:


O Corte na rua, entre o asfalto e a garagem, mostra a evidência do terreno cedido, mostrando a tendência do movimento de terra em direção do barranco atrás do prédio.

Geotecnia falha

Quando passamos por um lote que vai abrigar uma edificação, vemos os operários trabalhando em torno de um tripé para prospectar o solo, ou utilizando o "bate-estaca", para fazer os tubulões para as fundações.

Este trabalho é primordial, pois vai servir para os apoios da edificação. A rocha engana muito, tanto que existe o curso de Geologia e Geotecnia, para formar profissionais que saibam identificar com precisão o tipo de solo. No caso deste prédio, segundo uma geóloga entrevistada por uma rádio, a rocha predominante na região é o FILITO.

Esta rocha tem granulometria fina, quase equivalente aquela formada por sedimentação (arenosa). Neste caso, é preciso fazer um trabalho adicional, já que sendo metassedimentar ele apresenta uma porosidade importante para um país que possui um regime intenso de chuvas em determinada época do ano. Ele também é utilizado como agregado na indústria cerâmica.

Era preciso fazer um trabalho prévio de contenção da encosta do lado oposto à rua de entrada deste prédio. Mas o que manda é o baixo custo e o menor prazo.

1º de Novembro de 2011

A justiça ordena pagamento mensal de R$ 1500,00 a propósito de custos de moradia temporária para os moradores, na mesma região.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O trânsito com seus engarrafamentos dá demissão por justa causa ?

Quando se não é surdo, somos obrigados a ouvir de tudo.

Um juiz do trabalho, falando no rádio, disse que o trabalhador que se atrasa com a desculpa de trânsito ruim PODE SER DEMITIDO POR JUSTA CAUSA.

Bem, vamos ao contexto. Estamos em Belo Horizonte (este blog é exclusivamente Belo Horizontino), uma capital com mais de 2 milhões e oitocentos mil habitantes. Estes habitantes tem um perfil de trabalhar longe de seus bairros residenciais, pois humildes, não tem condições de se encaixar em moradias mais próximas do grande Centro, que é onde está o dinheiro, as boas empresas (não lojinhas de bairro), e os empregos que remuneram melhor.

O transporte coletivo de Belo Horizonte é desajeitado, caro, ineficiente e anacrônico. As ruas são estreitas e estes ônibus "mastondontes" fecham o trânsito a cada ponto em que param. Os percursos incluem ruas estreitas, em que por vezes o trocador tem que descer do ônibus para procurar o dono de um carro que estacionou bem na esquina e que impede a manobra do ônibus. Os passageiros se sujeitam a assaltos, ônibus lotado, horários que não se definem, falta de troco, assédio corporal (as mulheres), sujeira, lentidão, desconforto.

Ninguém é obrigado a sair de casa 6 horas da manhã para chegar no trabalho as oito horas, todo dia. A admitir isto, este juiz está corroborando o trabalho escravo. Antes de condenar o trabalhador, este juiz deve é obrigar o Prefeito, o Secretário do Planejamento e o Secretário dos Transportes do município a fazer O MÌNIMO. Onde está o metrô de Belo Horizonte, o BÁSICO ? É isto, os gestores públicos devem fazer o BÁSICO.

A Secretaria dos Transportes deve planejar as rotas e horários de ônibus para servir melhor. As rotas não devem incluir ruas estreitas de "fundo de bairro", onde os moradores estacionam seus carros pois os imóveis são de um tempo onde não havia nem um carro na família. Os horários de ônibus devem ser "comprimidos" desde uma hora antes do início de expediente das empresas até 10 minutos depois, e só então serem dilatados. E deve-se estudar com seriedade o escalonamento dos horários das empresas e das escolas, pois sair todo mundo no mesmo horário é uma burrice.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O vereador de cueca

O jornal Hoje em dia "oferece denúncia" contra o vereador Gêra Ornelas, pelo fato de trabalhar de cueca em seu gabinete.

Quem é ele ?

Gêra Ornelas é um vereador extremamente atuante, tanto localmente para os moradores do bairro Santa Efigênia, quanto estadualmente em relação aos seus conterrâneos da região do Jequitinhonha. Com estes últimos ele faz um trabalho sério, providenciando os canais para que achem imóveis para alugar ao chegar em Belo Horizonte para trabalhar.

Tem alguns anos, quando os moradores queriam um sinal e asfaltamento para determ,inados lugares do bairro citado, tentamos contactar a Câmara Municipal na figura de seus vereadores, começando dos mais conhecidos, e dos melhores partidos. Nenhum deles atendeu. Mas quando ligamos para o gabinete de Gêra Ornelas, qual não foi nossa surpresa quando a secretária já atendeu nos primeiros toques. Deixamos nossa reinvindicação, e em menos de uma semana ela deu retorno, e ainda com a resposta positiva.

Vamos então à cueca. Vou citar meu caso. Trabalho em uma sala com várias pessoas, obrigado a usar calça comprida, meia e sapato, e tive que aguentar o calor desde o mês de maio, pois não temos ar condicionado. Devido à exposição prolongada do meu corpo ao calor excessivo, e à roupa, contraí a temível urticária, e até o médico da empresa me empurrou para o alergista, sustentando que eu não podia trabalhar com a doença. O alergista concordou e me deu licença de mais de dez dias.

Então, vocês não acham que, se eu tivesse um gabinete, eu não trabalharia "PELADO". Bem, até aqui o vereador não cometeu abuso ético, social ou qualquer coisa. Se levou garotas de programa para o gabinete, tem que se investigar. Se faz "mensalinho", tem que se investigar.

Agora, conheço vereadores "bem corretos", que já passaram pela câmara, mas que não fazem NADA pelo povo de Belo Horizonte, levam suas comissões debaixo dos panos, sorriem para o povo, e dele fazem piada.

Este PELO MENOS TRABALHA.

E a imprensa sensacionalista, o que dizer dela ? Gosta de escândalo. Deveria esperar pelo menos uma investigação, e não sair manchando o nome de quem trabalha.

E este jornal Hoje em Dia expôs o vereador na Internet, no seu sagrado local de trabalho. Isto é crime. Em nossos locais de trabalho, se não houver contato com o público, a filmagem é proibida.

sábado, 15 de outubro de 2011

Chuvas e o asfalto cream cracker - Lei 8666/93

O trânsito está interrompido com placas na esquina da Avenida Cônsul Antônio Cadar com José Renault no bairro São Bento.

Começou o martírio dos moradores da grande metrópole de Belo Horizonte com as chuvas. O trânsito que já não está mais suportando, agora sofre a malévola influência de um asfaltamento mal feito sob os auspícios de uma lei de licitação que acaba desaguando no menor (e pior) preço.

Esta enganosa lei 8666/93 de licitações públicas devia ter mecanismos de ponderação aliados a uma tabela de características que não colocassem o Estado a mercê de critérios que acabam fazendo com que compre o pior, o mais barato, e ainda enfrente múltiplos recursos dos fornecedores.

No caso do asfalto, ensaios com amostras resolveriam o problema. É preciso escolher o produto que apresente uma integridade da média para cima. Mas na abertura dos envelopes de propostas, acaba ficando tudo no menor preço. É um absurdo. O menor preço teria que ser o primeiro a ser eliminado.

Então ficamos com o pior calçamento, com as piores "bocas de lobo", com o pior asfalto, com os piores sinaleiros de esquina, piores lâmpadas de iluminação pública, com o consequente desembolso periódico sob o nosso bolso para manutenção. E nesta vai o dinheiro justificado, pois é para manter, e não fazer.



Subway vira Pousada de Mendigos

Palco de um assassinato ( a morte de uma mulher na lanchonete ), a franquia Subway do bairro São Bento virou uma Pousada para os mendigos.

Os proprietários de imóveis de Belo Horizonte são extremamente relapsos. Este local possui uma coberta, toldo e anteparos laterais, que proporcionam um "coité", um abrigo espaçoso e confortável para estes seres que "se abandonaram a si mesmos". O proprietário não se preocupou em cercar o local, número 147 da, vejam só, Avenida Cônsul Antônio Cadar. Veja se esse bairro é bairro para abrigar uma espécie de coisa destas.

Passando na calçada, o cidadão a pé, que vai ou volta do seu trabalho, que acorda cedo, que contribui com impostos, que cuida da higiene e limpeza de sua casa, que recolhe o lixo, vê duas coisas erradas:

Mendigos repousando enquanto a gente trabalha e os mantem (são aposentados com dinheiro do INSS que NÓS PAGAMOS);
Um cheiro de fezes e urina nas proximidades dos Restaurantes Projeto Sabor, Pizzarela São Bento e Verdinho;

Chega de "puxassaquismo" e falso assistencialismo. Vamos colocar as coisas em seus devidos lugares. Estes mendigos tem que ser recolhidos, pois não tem domínio de sí próprios como pessoas, entidades civis. Ou tem doenças, ou são aproveitadores. Vem Kombi da Prefeitura, pergunta se quer tomar banho. Se querem, tomam e a Prefeitura desova novamente estes mau exemplos no mesmo lugar. Na rua eles ficam à mercê de terem os corpos queimados por perversos ou gangs que fazem de tudo para se divertir (acontece em grandes metrópoles).

Mendigo na rua não é problema social, e sim problema de saúde pública.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Relatório de ocorrências 11/10/2011 - Manutenção precária da CEMIG e a chuva

Ocorreu no ano passado, período das chuvas, e novamente neste ano, e HOJE.

O trânsito no centro da cidade, notadamente na avenida Afonso Pena, parou em virtude da queda da energia elétrica para a sinalização semafórica.

Já contamos anos de desenvolvimento de cabos de alumínio para transmissão, modernos transformadores, novas tecnologias para composição de redes de distribuição urbana (com aqueles cabos trançados em 2 pares), subestações inteligentes, centrais de controle remoto ultra modernas e informatizadas "até a medula". Mas o problema insiste em se repetir.

A injustiça, o descaso e a irresponsabilidade residem no fato de se justificar uma taxa de energia elétrica, a mais cara do país, em troca da tecnologia de ponta. Ora, o fato demonstrado não sustenta a razão do investimento. Tudo parou (inclusive os bairros observaram os piques de luz) como se as redes fossem as mesmas de 1970 para uma cidade deste tamanho.

Geração Alternativa

Por que a CEMIG não projetou (a muito tempo) geração alternativa de energia para as redes de trânsito ? Dirão alguns que isto é de responsabilidade da Prefeitura, mas estão mal informados. A única concessionária de energia, monopólio, de Minas Gerais é esta droga da CEMIG. A Prefeitura não pode intervir nisto. Ela apenas contrata energia elétrica da Concessionária Autorizada. Esta é que tem que garantir fornecimento para serviços essenciais. E o trânsito é o sistema circulatório de bens, serviços e desenvolvimento, e até dos próprios veículos de manutenção desta Concessionária.

Só que a CEMIG não faz um projeto de gente para a rede elétrica. Ela só quer cobrar caro.

Corte de árvores

Pode-se tentar colocar a culpa nas árvores que caem rompendo a rede elétrica. Acontece que a CEMIG tem um programa de nome PREMIAR, para corte de árvores, com licença ambiental e tudo. Mas não faz o corte sistemático. Quando faz algumas intervenções, faz em nosso horário de trabalho, ao invés de fazer de noite. Isto porque não quer pagar horas extras (economia porca), mas enche os quadros de direção com apadrinhados políticos que mal sabem o que é um sistema trifásico.

Existem levantamentos da Prefeitura via suas secretarias da idade de todas as árvores da Região Metropolitana, conforme veiculado - com orgulho - nos programas de TV. Mas eles ficam esperando algum morador ligar para pedir o corte. E hoje, uma moradora do bairro Anchieta, após pedir várias vezes um corte de árvore, recebeu a resposta que uma árvore só poderia ser cortada após o feriado. Pois bem, a árvore caiu em cima do carro de uma pessoa que deixou o carro sob esta árvore para trabalhar. Será que a Prefeitura vai pagar ?

Em Belo Horizonte foram pelo menos 60 árvores que caíram, até 20:35, horário deste post. O número apresentado pelo levantamento do Corpo de Bombeiros foi de 81.

Uma delas provavelmente foi a responsável por romper um cabo de alta tensão e atingir um motociclista com consequências mortais para este último. A CEMIG tem responsabilidade direta pela morte dele, pois ela tem que zelar pela integridade física de sua rede de distribuição. Os cabos devem estar fixados de forma a levar em conta que passam pelos galhos das árvores. A empresa já havia sido avisada com antecedência da presença do cabo pendurado.

Intervenção

Devido às ligações políticas da CEMIG (onde deveria predominar a técnica grassa o clientelismo), a empresa deveria sofrer uma devassa, e na direção deveriam ser colocados técnicos e administradores, e não apadrinhados de políticos mais votados.

Conclusão

Moramos em uma roça, sem consciência de seu status de capital.