quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Atraso urbano - Comércio local em decadência

O crescimento de nossas cidades e até a garantia da economia do Brasil está no fortalecimento do mercado interno. Realmente, este mercado salvou o Brasil da crise de 2010/2011, fruto da artificialidade do Euro, moeda única Européia (com ressalvas).

Dando o exemplo do Bairro São Bento, composto por famílias de média e alta renda, vamos encontrar a contradição do comportamento urbano. A maior parte das famílias do bairro, devido à facilidade de transporte próprio, consome gêneros principalmente de Shoppings, ou hipermercados que ficam fora da área comercial dos seus domínios.

Trata-se de um bairro de predominância residencial em seu plano diretor (escrito ou tácito). Os moradores saem a pé para caminhar, mas para comprar um pão ou gêneros de mercearia pegam o carro e vão comprar nos grandes Shoppings. E para onde vai a renda dos grandes Shoppings ? Ora, todos pertencem a grandes cadeias de Shoppings ainda maiores ou grupos internacionais ou com parceiros internacionais. Portanto, o dinheiro vai para paraísos fiscais fora do país, legal ou ilegalmente, ENFRAQUECENDO NOSSA ECONOMIA INTERNA, e corroendo a economia "de bairro".

Resultado, o bairro São Bento fica cada vez mais enfraquecido comercialmente. E se enfraquece comercialmente, enfraquece no aspecto da SEGURANÇA. Comércio traz mais Polícia. Ladrões existem para pequeno e grande comércio e para o indivíduo em particular. Se queremos trazer SEGURANÇA, devemos ter movimento local, pelo menos razoável, para espantar os metidos a espertos. Chegamos ao absurdo da papelaria que fica no posto do correio na avenida Arthur Bernardes, onde fazemos compras regulares, estar sem movimento numa proporção que fez o dono tomar a decisão de não vender mais seus artigos, mantendo apenas o serviço de correio.

O bairro precisa de padarias boas (as duas que temos são fraquíssimas e caras), de mais um supermercado, de papelaria, loja de artigos de informática, sacolão (o Lisboa tem gêneros de má qualidade), mais taxis em ambos os pontos (é dificílimo conseguir um taxi nas horas em que se mais precisa), loja de roupas masculinas (a que havia no Center São Bento foi embora), sapataria (absurdo não ter nenhuma próxima) e de artigos esportivos.

Em suma, o bairro São Bento é uma pobreza em termos comerciais, mesmo para sua principal finalidade residencial. É nulo. Além disto, está repleto de imóveis que não vendem e nem alugam, tornando-se esconderijo de mendigos e vagabundos.

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