quarta-feira, 6 de junho de 2018

Pagamento parcelado de motoristas e trocadores

Assistimos estupefactos ao parcelamento irresponsável de salários dos servidores estaduais pelo Governo de Minas. São muitas as explicações do nível mais de desculpas, mas a realidade é a de má gestão que domina o nosso país.

O nível municipal

Veio como muito conveniente a greve de caminhoneiros, para dar aos interessados (os donos de empresas concessionárias do transporte por ônibus) argumentos para reterem dinheiro em seus caixas. Como o Governo Estadual deu o mau exemplo, por que não copiá-lo em seu benefício ? Agora as empresas de ônibus querem parcelar o pagamento de motoristas e trocadores.

Má fé

Os donos de empresas de ônibus municipais já vinham tentando aumentar seus lucros, retirando os trocadores dos ônibus. Afinal, para eles, trocador não serve para nada. Na visão curta e ambiciosa destes senhores, o motorista mesmo pode muito bem fazer as duas funções: (1) dirigir em uma cidade com um trânsito caótico e (2) efetuar o pagamento e compor o troco dos passageiros, no caso de não terem o cartão BHBus.

O interesse, justificado de uma ou de outra forma é um só:

DIMINUIR PESSOAL PARA PAGAR MENOS

Se pudessem tirar o motorista, eles o fariam.

As justificativas

Ora, e o que dizem estes senhores que detem as concessõers públicas de transporte ? Dizem que durante os onze (11) dias de greve gastaram mais com combustível para abastecer seus veículos. Acontece que já existe precedente para um desconto nos impostos para o dieesel do transporte público, obtido pelo governador Beto Richa do Paraná. Quem quer fazer sempre arranja um jeito, até utilizando a própria lei.

Em segundo lugar, vocês acham que os concessionários só compram o combustível bastante para os tanques dos veículos ? É claro que eles compram em maior quantidade e armazenam em seus próprios reservatórios, pois eles não são trouxas, e desta forma podem obter um preço ainda melhor.

Sugestão

Sugerimos à Polícia Civil que investigue as fontes e formas de compra de combustível pelos concessionários de ônibus da Grande BH, para verificar se o preço durante a greve impactou tanto assim as "pobres empresas" que controlam o nosso transporte público Municipal.

No mês de Fevereiro foi feita uma licitação para se buscar uma empresa para executar uma auditoria nas empresas de transporte público da Cidade de Belo Horizonte. Desta forma poder-se-á saber todos os números do movimento de ônibus, seus reais custos e reais lucros, para acabar com a falácia dos donos destas empresas.

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