Greve da Rodoban - Greve de bancários - Greve em Geral

Estamos num sistema capitalista. Bom ou ruim, ele tomou conta da vida financeira de países de raízes europeias, está entrando na China, e já entrou na Rússia.

Então, estamos na chuva, é prá molhar. Isto nos remete ao movimento bancário e seus sindicatos. Estão lembrados de uns 20 anos atrás, em que este movimento mobilizava uma massa enorme de trabalhadores ? O sistema capitalista deu um jeito neles com as máquinas, que dão muita despesa e dor de cabeça, mas pelo menos não fazem manifestos e não gritam na frente das agências. Os bancários, que não se constituem em classe de carreira (deve ser um emprego para a fase inicial da vida) foram substituídos, em sua maioria, por máquinas, transformando os seres humanos em caixas de banco.

Igualdade e equiparação

Pois bem. Naquela época muito se ouvia o discurso: "os bancários querem equiparação salarial com o Banco do Brasil" ou "... Banco Itaú", pois tinham carreiras melhores e benefícios maiores. Os banqueiros se reuniram para providenciar a automação bancária, com a desculpa que "vai ser melhor para o público". O real propósito era desmontar a classe dos bancários.

Hoje uma agência tem um ou dois caixas, excetuando aquelas que trabalham com os benefícios do governo.

Mas o que significa a greve de uma classe ? Ora, uma classe de trabalhadores se compõem de empregados que trabalham em atividades semelhantes para quase iguais, mas em empresas muito diferentes em suas origens, vocações e interesses.

Vamos tornar a coisa mais clara. Você faz um concurso para a Caixa Econômica e, após um tempo, participa de uma greve por melhores salários com equiparação aos benefícios do Banco do Brasil. Qualquer imbecil vê que o preferível é fazer concurso para o Banco do Brasil. Mas o trabalhador é muito esperto. Muitos indivíduos fazem concurso para limpeza de rua na SLU (Superintendência de Limpeza Urbana) e após pouco tempo, e desgaste,  arranjam um médico que os instruem a procurar serviço mais leve. Então fazem corpo mole, para acabar sendo realocados em um escritório, pois NINGUÉM QUER TER QUE IR NA JUSTIÇA DO TRABALHO.

Mexer com gente

Os empresários e gestores públicos não querem lidar mais com os seus Recursos Humanos. Vão deixando o tempo passar, o trabalhador se encher, e ir embora.

Mas e quanto aos Bancos ?

A Rodoban, principal transportadora de valores de nossa cidade, resolveu entrar em greve por melhores salários. A solução não é a greve. Você não pode fazer carreira num serviço destes, de fator de periculosidade muito alto. O trabalhador tem que lembrar que deve ir melhorando, e não ficar no mesmo lugar, querendo que o salário aumente. Tem gente que despreza o próprio potencial. E aí fica esta briga, e o pior, A FALTA DO SERVIÇO.

Será que o sistema de distribuição de dinheiro em espécie terá que ser estatizado ? Afinal, é serviço mais que essencial.

Conclusão

Nossa estrutura de sindicatos, e a cabeça dos trabalhadores estão muito pequenas. Eles vão acabar destruindo suas pretensas classes.