O serviço UBER
O UBER é um serviço que nasceu nos Estados Unidos, e chegou aos brasileiros completamente estruturado, com regras definidas, um aplicativo de celular quase sem defeitos e com uma plataforma Web invejável. A seleção de motoristas e carros ocorre natural e democraticamente pela intervenção dos passageiros.A confiabilidade é enorme. Pediu, aparece um carro. Apenas nas segundas feiras, pela manhã, pode ser que faltem carros, bem como nos momentos de chuva. No entanto, é só ter paciência, e se consegue um carro.
Tentativa de copiar
Então o 99 taxis resolve copiar o UBER. Fazem um investimento, recrutam os motoristas, lançam o aplicativo. Mas não é copiando a competência dos outros que se atinge o mesmo resultado. O aplicativo UBER é bem superior ao do 99POP.Os usuários vem reclamando que pedem um carro, e vem outro, ou então veem na tela que o motorista que não veio está fazendo a corrida para outro passageiro, e pior, estão cobrando do que não recebeu o carro. O localizador falha flagrantemente, desorientando o motorista. Tem horas que o aplicativo do motorista sequer entra, e ele passa para o UBER.
O motivo
Apesar da explicação padrão de que "estamos ajustando o aplicativo, para oferecer os melhores serviços", será muito difícil o grupo de desenvolvedores brasileiro conseguir o resultado do UBER a médio prazo. Alguns fatores se conjugam para que isto ocorra:- O analista de sistemas brasileiro não está acostumado a resolver problemas difíceis. Quando o problema fica difícil, reclamam de tempo, de recurso técnico, e resolvem chamar gente de fora;
- O analista de sistemas brasileiro não é persistente. Os obstáculos o desanimam (estamos falando da média dos analistas);
- O analista de sistemas brasileiro, em sua grande maioria, não dominam a língua inglesa, para poder ter acesso à literatura informática em inglês, muitas vezes superior à encontrada em português. E as traduções são péssimas;
- O programador brasileiro age como se fosse apenas um empregado comum de empresa;
Por estes motivos, temos aplicações Web simplesmente ridículas, mesmo nos órgãos do nível estadual e federal. Os gestores ainda pioram a situação, intervindo na especificação final das aplicações, para retirar aquelas que possam comprometer o seu cargo. Os líderes de projetos de aplicativos são escolhidos segundo critérios políticos, e não técnicos.
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