quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Bairro Belvedere - 18 horas

Experiência macabra é estar depois de 18 horas, durante a semana de trabalho, nas vias próximas às entradas e saídas do bairro Belvedere. A explosão de empreendimentos imobiliários naquela área, antes aberta e com visão para as montanhas, foi e está sendo algo grotesco. As montanhas são agora de prédios, furando poços para alcançar a água e não precisar pagar a concessionária de águas do município, e enchendo os seus estômagos de mais veículos, dois ou três e até quatro por unidade habitacional.

Então, no horário citado, os veículos que estes prédios tem que abrigar em seus estômagos estão ávidos em chegar, enquanto os veículos de quem trabalha na região querem ir embora. O efeito cumulativo se reflete no BH Shopping, e estas pessoas que saem do Shopping podem demorar até uma hora e meia (pasmem) para chegar no São Bento ou Santa Lúcia.

É a incapacidade do poder público, medíocre em suas soluções, para levar este tempo a patamares razoáveis. A distância citada não é grande. Grande é o entulho de veículos em gargalos que mais parecem vias de cidades de interior.

O ritmo de Belo Horizonte já é de uma metrópole produtiva e ativa. É preciso abrir mais vias e deter por um tempo definido o crescimento dos bairros de Nova Lima. Não é possível erguer tantas residências verticais num espaço horizontal reduzido, sem abrir avenidas de seis pistas em toda a sua extensão. A situação da água pode virar também um grave problema de saúde pública, pois os poços não podem ser tão próximos. Além disso, um simples vazamento de esgoto (e vazamentos são inevitáveis), mesmo sendo a rede de esgoto mais profunda, pode se infiltrar a ponto de produzir contaminação, pois os poços precisarão ser mais e mais profundos.

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