Declarada a tolerância zero em relação à Lei Seca, várias blitz se espalharam pelas esquinas e avenidas de alto fluxo de veículos.
E parados os veículos, ou por estarem circulando em zigue-zague, ou devido ao horário e a proximidade de boates, os documentos eram pedidos. Alguns deles eram veículos de luxo, caros, como BMW, Audi, Lexus e assemelhados. Pois bem, verificados os documentos, e ligando-se para a Central, constatava-se que o veículo estava com impostos não pagos, ou, pior, com determinação de apreensão por falta de pagamento de parcelas.
Isto mesmo. O crédito está farto, a vista está alta. Compra-se, ostenta-se e não se paga. E se apreendem o veículo, o dono, que não pode continuar pagando, deixa para lá. Algo semelhante acontece com os televisores próximo das Copas do Mundo. Compra, paga a primeira prestação, assiste todos os jogos. No mês seguinte, paga, se puder. Se não der, deixa para lá.
Nos tempos de Roma isto era conhecido como "Carpe diem", ou seja, viva o hoje. Amanhã seja o que vier.
Muito carro que você vê por aí, com um motorista que não corresponde ao "genótipo" compatível, se encaixa neste tipo de contexto. E quanto à Lei Seca, estes ainda são malcriados, pois a sua forma de agir na compra segue a linha de disciplina no trânsito, isto é, mau cidadão, mau pagador, mau bebedor.
ISTO É BRASIL.
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