quarta-feira, 20 de março de 2013

Policia Militar, aglomerados e favelas

Não pretendia ser técnico, mas a covardia da mídia com os policiais, querendo ser politicamente correta, e para agradar a população mais humilde, utiliza o poder de divulgação de que dispõe para esconder a realidade em sua integralidade.

Chamo os homens e mulheres de bem para analisar uma pofissão completamente diferente daquela do cidadão comum.

Estados de  atenção, alerta, prontidão e stress

Em seu trabalho diário, o policial experimenta diariamente 3 estados de atenção. Ao chegar ao quartel e vestir a sua farda, ele está executando atos de um ritual que já o preparam para a sua atividade. Ao se armar, no seu subconsciente ele já está dando um sinal de que os momentos seguintes poderão implicar numa situação de atenção diferente daquela do cidadão comum.

Vejam só, a farda já lhe diz que ele está em uma instituição diferente daquelas de um trabalho para o lucro. A profissão de policial significa, antes, mais uma atividade de prejuízo (ferimentos, lesões permanentes) do que de lucro.

Atenção

Ao se vestir e armar, o policial entra em um estado de concentração para a sua atividade. O seu horizonte psicológico é um provável confronto com contraventores ou grupos armados. Ao adentrar sua viatura, ou ser colocado em ronda, ele entra no estado de atenção.

Alerta

Ao ser engajado em uma ocorrência em andamento, ele entra em estado de alerta. A ação é iminente. A situação, mesmo prevista no treinamento, e mesmo estando armado, é nova. Ele pode raciocinar, mas já começa a simular mentalmente um cenário, conforme os primeiros dados que chegam pelo rádio da viatura.

Stress

Podemos introduzir este estado terminal de alerta da seguinte forma absolutamente técnica:

Os estados de alerta do ser humano, como sustos e situações de stress ativam uma parte do cérebro a qual os cientistas chamam de cérebro reptiliano. Este sistema primitivo é responsável pela decisão de fuga ou de reação para a sobrevivência. Ele não consulta o segundo e terceiro níveis de raciocínio para tomar uma decisão. O tempo de decisão é de três segundos, no máximo, ou seja, o ser humano demora apenas este tempo diminuto para entrar em stress.

Pense bem, em uma simples discussão de trabalho, o confronto entre razões e contra-razões pode levar uma das partes, ou ambas, a "apelar" para a ignorância e culminar com ofensas e agressão física.

A ação policial

Agora tente se colocar na pele do policial em ambiente hostil (as favelas o são), onde existe UMA ENORME REDE DE VIGIAS em situações absolutamente cotidianas, como simplesmente estar sentado em uma calçada, olhando por uma janela, ou soltando pipas, ou tomando um café numa cadeira ou na calçada. Alguns barracos em posição estratégica tem câmeras, ou são solicitados pelos donos das bocas de distribuição de drogas, sem nenhuma resistência.

Os policiais sabem disto. Toda janela é um fator de risco na favela. Dali pode surgir um atirador.

Pois bem. Agora acrescente um pós-evento, como tiroteio recente, em que os ânimos estão exaltados. O policial entra em "ALERTA 2". Um simples habitante do aglomerado, que corre em direção a um policial, para comunicar uma morte ou uma confusão pode despertar todo o grupamento para estados de alerta ainda maiores. Movimentos bruscos de um cidadão que passa também podem produzir o mesmo efeito.

A opinião dos desinformados

 E o povo em geral, e jornalistas, querem que o Policial, nesta situação, pense em um monte de fatores, antes de reagir. Treinamento tem limite quanto se trata de seres humanos. Você, leitor, consegue se controlar quando está com fome, ou fome e calor, ou fome, calor e vontade de urinar ? Você não discute, de vez em quando, por problemas até fúteis com os colegas de trabalho ou de escola ? E olhe que isto acontece com CIDADÃOS TREINADOS, ou seja, de 50 anos para cima.

Conclusão

Pense, antes de criticar os policiais, e antes de conhecer os princípios psicológicos extremos envolvidos em situações extremas da vida.

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