quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Primeiro suspeito de matar Cecília Bizzotto já está preso

Existem diferenças na investigação policial em relação às vítimas. Aquelas que se aglomeram em uma multidão de assassinados em função de "desgaste social" e aquelas poucas associadas à atividade da busca direta pelo lucro rápido e fácil. Até o tráfico não busca diretamente o dinheiro, configurando-se como "atividade comercial de contravenção".

No caso de vítimas do "desgaste social", desafortunados ou contraventores matando desafortunados, a crônica policial dá imensa cobertura e surgem os "artistas do cotidiano". Malandros, pequenos ladrões, pequenos homicidas, que aparecem e desaparecem, sendo esquecidos. Deviam procurar trabalho, e deixar uma "herança social".

No caso de vítimas afortunadas, sua morte lhes traz a herança de uma rua com seu nome, uma Fundação, um  Instituto, etc. E na investigação também reside uma diferença: É TUDO FEITO EM SIGILO. O povo em geral, que não acredita em si mesmo, e por isto não acredita nas autoridades, porque também não gostam de autoridades, não gostam de impostos, não gostam de compromissos, não entendem o exercício das autoridades e por isto acham que elas não resolvem nada, acha que a Polícia não vai achar autores de crimes notórios, contra gente  de influência.

Primeiro suspeito já foi capturado

Só hoje a Polícia informou que estava fazendo uma operação no Morro das Pedras para capturar o segundo suspeito, porque INVESTIGAÇÃO DE QUALIDADE SE FAZ EM SIGILO, e não no "oba oba" que a crônica policial de rádio faz de coisas sérias. Até a Rádio Itatiaia, tradicional em anos passados, se tornou uma divulgadora da descrença nas autoridades policiais. Dão a impressão que os bandidos estão vencendo a "luta de classes".

O trabalho da Polícia é feito com cuidado. Ela tem informantes. E mesmo que não achem na área visada de investigação, um pouco de "negociação" provoca o aparecimento de informações. Os policiais tem contatos. Os métodos e áreas de atuação dos criminosos já são conhecidos. Devido à sua personalidade "desviada", eles não tem paciência de planejar uma operação bem feita e coesa, com um plano B. Fazem uso da truculência, e esta provoca dois erros para cada ação perpetrada.

Pois bem, preso um suspeito altamente provável, e confrontado com o seu futuro (ou a falta dele), ele começa a falar. A Polícia tem técnicas verbais e de exaustão da vontade que levam a pessoa a falar. O CÉREBRO DA PESSOA MAIS CALCULISTA NÃO CONSEGUE FICAR A VONTADE COM A MENTIRA. Pequenos gestos na cadeira de interrogatório denunciam que a coisa não aconteceu do jeito que o interrogado falou.

A denúncia premiada também mexe com o lado humano mais comum: a cobiça. Dinheiro em troca de informação.

A Polícia Civil tem feito operações de madrugada, em busca dos bandidos que foram reconhecidos pelo irmão da vítima. Belo Horizonte é uma cidade coalhada de câmeras, e em cada janela existe um par de olhos que observam o cotidiano. Quando ele tem sua ordem alterada, a pessoa exclama: "ESTRANHO".

Portanto, não se espantem se todos os outros envolvidos forem logo descobertos.

Já se sabe QUEM atirou na atriz.

NINGUÉM FOGE DA AUTORIDADE POLICIAL, POIS
NINGUÉM CONSEGUE FAZER ALGO ESCONDIDO SEM COMETER ERROS.

Em cada um de nossos atos deixamos um pouco de nós mesmos, pois somos autores de uma obra escrita ao longo de nossos dias: NOSSA VIDA.





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