domingo, 3 de abril de 2011

Motoristas murrinhas de fim de semana

Eu respeito quem queira dirigir somente nos sábados e domingos, bem como as pessoas de idade que tem seu direito de ir e vir facilitado, para quem está com o corpo já desgastado pelos anos. Eu respeito também quem quer usar o carro só no sábado (os sabadeiros) para fazer compras no supermercado. Também e igualmente respeito quem quer visitar os parentes e para isto só usa o carro no domingo (os domingueiros).

Todos estão debaixo da mesma lei, todos estão debaixo do sol. Somos todos iguais ? Bem, somos iguais, só que um pouco diferentes. Uns tem a visão mais privilegiada, outros o reflexo, outros a noção de direção e de espaço. E uma pequena fração da população tem estes quatro desenvolvidos. Tem também o fator idade, já que estamos debaixo desta lei bem visível. O fator idade é um multiplicador menor que a unidade, e diminui tudo, assim como o fator treino.

Não é possível, para quem só treina sábado e domingo, ter a agilidade necessária exigida no trânsito de uma metrópole. Este é o fator volume de trânsito. Carteira de motorista não é atestado de treino, pois o tempo para tirá-la é de uns dois meses, e o treino requerido para dirigir em uma grande metrópole é de pelo menos uns dois anos, dirigindo todos os dias.

Ação para renovar a carteira de motorista

Alguns idosos não passam no exame de renovação da carteira de motorista pelos fatores citados (treino, reflexo, visão) e recorrem à justiça, justificando que o veículo restaura a mobilidade da pessoa mais velha e a retomada da vida plena. Sim, é muito bonito, e o seria realmente, se só houvessem eles na rua.

É preciso que se entenda que as metrópoles já se transformaram em "organismos vivos", onde se exige uma perícia fora do comum. E entre alguns jovens se acha esta perícia. O movimento nos sábados já se iguala ao dos dias de semana. A propaganda tem puxado os cidadãos para fora de casa, com teatro, eventos em praças públicas, estádios, clubes, etc.

O estímulo ao consumo

Depois que os industriais descobriram a fidelidade da classe "C", nem mesmo com a alta dos juros cessaram de  financiar veículos em 36, 48 e 60 meses. O número de pessoas com acesso ao drédito se multiplicou com os dois governos Lula, e as ruas se encheram de veículos. BH já tem mais de um milhão e São Paulo 7 milhões.

Um trânsito como este só tem lugar para profissionais e pessoas como dom de dirigir. Acabou a sopa, acabou a moleza. Dirigir, só para quem tem dom e capacidade.

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