quarta-feira, 27 de abril de 2011

Padaria sem pão

O melhor pão é realmente o fresco, quentinho e saído do forno, dourado e crocante.

Bem, muita gente deve fazer como nós, acordando um pouco cedo para comprar o pão da manhã. Mas em uma grande cidade, mesmo tendo fartura dos insumos básicos, como farinha, energia elétrica, água, fermento e outros, estamos sujeitos à falta de cuidado e manutenção.

Não poucas vezes já chegamos em padarias do bairro São Bento, imaginem, zona sul, e a gôndola de pão se encontrava vazia. Perguntando aos funcionários se algum forno estava para sair (óbvio, se não havia nenhum pão, haviam sido todos vendidos, e uma outra fornada devia estar sendo providenciada), recebemos a resposta:

O forno estragou. Não vai ter pão, só mais tarde.

É uma "cara-de-pau", pois afinal todo mundo que vai cedo à padaria é porque vai sair de manhã, e quer tomar o café. Isto sem contar que a padaria em questão serve sanduíches em sua diminuta lanchonete. Só no Brasil, para não dizer em Belo Horizonte, é que acontece algo deste tipo. E algumas padarias tem outras filiais, portanto, podem mandar buscar. Outra solução é comprar em outra padaria, para não deixar os clientes na mão.

Por isto as microempresas no Brasil tem vida média de 5 anos. É descaso, ou pouco caso. Os microempresários deste tipo de ramo não podem reclamar do governo, pois fazem igual.

Em nossa opinião, padaria deveria ser como uma concessão. O compromisso teria que ser de TODO DIA, nos horários em que o trabalhador vai tomar seu café da manhã, teria que haver pão disponível. O pão é um alimento culturalmente insubstituível. O empresário que se vire, pois escolheu ser empresário.

E olhem que não tocamos, ainda, no assunto HIGIENE NA PADARIA, que abordaremos em breve.

Em termos de segurança do trabalho, o pão matutino age como um fator de diminuição de acidentes. No transporte para o trabalho o café da manhã é importantíssimo, pois já presenciamos pessoas desfalecendo no ônibus ou na rua, por falta desta refeição simples, porém básica.

A pior coisa em termos de relação de consumo é você ter o dinheiro, e não ter o produto na prateleira.

Pobre Belo Horizonte, metrópole com cara de roça.

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